Novelas e filmes estão quase sempre presentes na
vida dos brasileiros. Mas nem tudo que é retratado – seja na telinha ou na
telona – é fiel à verdade, principalmente no que diz respeito às questões
jurídicas.
“Bailey, um cão que vale milhões” – Mesmo quem nunca viu o filme
certamente lembrará da história do milionário que morre e deixa toda sua
herança para o bichinho de estimação. Na ficção, o cachorro é perseguido por
pessoas que querem colocar a mão na fortuna; porém, na vida real, isso não
seria possível, como explica a advogada Laura Machado:
“Fina estampa” – A novela, transmitida pela Rede Globo em 2012,
tinha como um dos dramas secundários a história de uma mulher que recorreu à
fertilização in vitro para poder
gerar uma criança. A doadora do óvulo utilizado para a gestação foi informada
pela médica do procedimento e deu entrada em uma ação judicial pela guarda da
criança. Laura Machado explica porque a médica agiu contra a ética, o que
desencadeou outros erros na trama:
“Amor à vida” – Uma das polêmicas da novela global que terminou no
início de 2014 girou em torno de uma personagem autista. A menina foi tratada
em toda a trama como uma criança, caracterizando sua incapacidade. Após meses
de amizade com um rapaz, a garota foi beijada, o que resultou na prisão do
“namorado” – prisão esta que não poderia acontecer, como mostra a advogadaLaura Machado:
Mesmo com alguns erros (quase imperceptíveis
aos olhos do espectador) que podem levar quem assiste à desinformação, a credibilidade da telenovela ou do filme não é
afetada. Isso acontece porque a trama original é o que mais interessa à
audiência, como explica a especialista em teledramaturgia Cristina Brandão.